A estrutura da rede de atendimento hospitalar do Estado para o enfrentamento da Covid-19 e a testagem da população para o novo coronavírus, o agente causador da doença foi o tema da Reunião Especial desta quarta-feira (13).
Participaram da reunião os presidentes da Fundação Hospitalar do Estado (Fhemig), Fábio Baccheretti, da Fundação Ezequiel Dias (Funed), Maurício Santos, e da Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos de Minas Gerais (Federassantas), Kátia Regina Rocha.
“O credenciamento dessas instituições segue todos os critérios contidos em nota técnica específica. Os insumos serão supridos pela SES e o treinamento será dado pela Funed”, afirmou o presidente da fundação.
A Funed cuida de 600 exames/dia, mas, com a colaboração de laboratórios parceiros, analisa 2 mil amostras/dia.
Maurício Santos destacou que são 72 horas nos exames de rotina e 24 horas para casos prioritários (profissionais da saúde, casos graves etc). “Insumos de coleta podem faltar, pois não dependem de nós, mas de fornecedores. Estamos num momento crítico para abastecimento de tudo”, afirmou.
Com relação a falta de EPIs, o presidente da Fhemig disse que não é uma realidade na Fhemig, mas os insumos estão inflacionados. “Estamos concorrendo com o mundo inteiro. Não estão faltando EPIs, incluindo o Hospital de Barbacena”, destacou.
Referente ao pagamento de fornecedores: “Atraso, que já chegou a 150 dias, mas agora já está abaixo de 90 dias, tem a ver com o financiamento do Prourge, quando caiu na conta da Fhemig houve sequestro automático pela Justiça e já está sendo regularizado.
Na reunião especial, o presidente da Funed/MG comprometeu-se com atendimento, no menor prazo possível, às demandas que chegarem à instituição.
Segundo o último boletim epidemiológico, até o momento Minas tem 3.435 casos confirmados de Covid-19, com 127 mortes. Outros 118 óbitos estão sob investigação. O total de casos suspeitos da doença é de 101.496.
O número de hospitalizações por síndrome respiratória aguda grave, por semana epidemiológica de início dos sintomas, teve um incremento de 513% em relação ao mesmo período de 2019. Cerca de 80% das pessoas infectadas têm entre 20 e 59 anos e, no que se refere às mortes, 60 anos ou mais. Em 87% dos casos que evoluíram a óbito foram verificados fatores de risco, como hipertensão e cardiopatia.