Encontro de Produtores do Queijo Cabacinha – Itaobim

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Itaobim sediou na quinta-feira (25), o “Encontro de Produtores do Queijo Cabacinha” produzido no Vale do Jequitinhonha. No evento, os produtores foram informados como será realizada a pesquisa técnica de identidade e qualidade do queijo Cabacinha. O estudo será viabilizado, por meio de emenda parlamentar, no valor de R$115 mil, destinado pelo Deputado Estadual Carlos Henrique para subsidiar a elaboração do Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade do Queijo.

A pesquisa será feita pela Epamig (Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais) e vai avaliar os parâmetros físicos, físico-químicos, microbiológicos e sensoriais do produto.

“Investir na certificação do Queijo Cabacinha é valorizar e reforçar a cultura do Vale do Jequitinhonha, além de garantir o desenvolvimento econômico da região, facilitando sua comercialização”, destacou Carlos Henrique.

Tradição

 

O queijo Cabacinha é produzido artesanalmente por agricultores familiares e, além de ser um dos expoentes da cultura gastronômica mineira, tem grande relevância socioeconômica para a região Nordeste de Minas Gerais.

Produzido a partir do leite cru, acrescido de coalho e fermento láctico, o queijo é moldado manualmente em um formato que se assemelha a uma cabaça, o fruto da cabaceira que, quando maduro, é utilizado como recipiente e para a fabricação de instrumentos musicais. Depois de salgado em uma salmoura, o Cabacinha é pendurado para secar e maturar durante sete dias.

 

Reconhecimento

Em 2014, a Emater-MG realizou o estudo de caracterização do queijo Cabacinha em cinco municípios: Cachoeira do Pajeú, Comercinho, Itaobim, Medina e Pedra Azul.

Essa região foi reconhecida pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) como produtora do queijo Cabacinha, por meio da Portaria IMA nº 1403. Depois, outros quatro municípios solicitaram a inclusão na região produtora: Divisópolis, Jequitinhonha, Joaíma e Ponto dos Volantes. Foi, então, realizada uma nova caracterização, reconhecida pelo IMA, em 2021, por meio da Portaria IMA nº 2087.

O trabalho de caracterização realizado pela Emater-MG envolve o diagnóstico da forma de produção e os levantamentos histórico, cultural e da caracterização integrada do meio físico. “Além disso, a empresa vai contribuir no estudo, que será realizado pela Epamig (Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais), da caracterização do queijo Cabacinha, em seus parâmetros físicos, físico-químicos, microbiológicos e sensoriais”, informa a coordenadora técnica da Emater-MG Luziane Dias de Oliveira.

Além das contribuições na caracterização das regiões produtoras do queijo, a Emater-MG orienta os produtores no processo da implantação das boas práticas agropecuárias e boas práticas de fabricação, e na legalização das queijarias.

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